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Diário de Bordo de uma estudante missionária em Hokkaido: Dia 4 (terça-feira, sexta postagem)

Desculpem-me a falta de imagem... Os dias começam a ser rotineiros.  Isso é bom, por um lado, mas ruim por outro: bom porque não preciso gastar muita energia fazendo os trabalhos de rotina, como sair para tomar banho com todos, levando tudo que preciso, sem me esquecer de nada. Também não preciso pensar muito para arrumar a bolsa de trabalho, por exemplo. Ruim porque na rotina, você vai se esquecendo do propósito maior disso tudo.  Será que devo colocar minhas expectativas no "piloto automático" também? Misericórdia, parece que o tempo não passa... hoje foi o sexto dia aqui e o  terceiro de trabalho intenso externo.

Houve momentos gloriosos, mas poucos. "Senhor, ajude-me a encarar isso  tudo pela ótica da Eternidade". Não sei se posso encontrar estímulo só nas conversas e treinamentos. Preciso  me lembrar de que estou oferecendo materiais que podem decidir mais do que um bem estar às pessoas, ou uma visão otimista da vida. Tenho na minha bolsa "tesouros" e preciso me conscientizar de que eu e meus colegas  levamos mensagens de conforto, a Grande Esperança, a Vida Eterna, como diz meu pai, usando a expressão "em última instância", em seus sermões.

"Instância é a qualidade do que é inevitável e iminente, ou seja, que está propício a acontecer a qualquer momento ou algo que está próximo de ocorrer.
Pode também significar o que é feito de modo perseverante e persistente, como a solicitação de algo com veemência, firmeza e empenho.
A expressão "em última instância" costuma ser utilizada como sinônimo de "em último caso" ou "em último recurso"."

Bem, é isso o que encontrei num dicionário de significados na web. Não é o melhor, mas serve.
Minha mãe diz que se não dominamos as palavras, se não as temos de sobra para nos expressarmos, somos deficientes dos olhos da alma, do "ver "a vida, ela passa e nós ficamos à margem, como escravos das situações, quando poderíamos ser "senhores" (senhoras) de nossas decisões. E outra, devem ser garimpadas no rio da vida, com a bateia do Amor, sob a supervisão do Pai.

Fui escalada de novo para sair com meu colega hispano. Acho que não disse ainda,  mas também vim pra cá  porque teria alguém com quem falar, ao menos em inglês ou espanhol, um estrangeiro como eu. Ele certamente entenderia minha ótica de ver as coisas em Sapporo. Um serviria de força ao outro. Ele é mais novo um ano e certamente também precisaria de ânimo. Ainda nos chamam de adolescentes, mas nossa cabeça já está um pouco mais além.

Voltando a contar sobre o dia, aconteceu algo bem ruim: Segundos antes de apertar a campainha de uma porta, a moradora a abriu e se assustou conosco, gritando nervosa. Coincidência bem ruim, fazer o quê? Imprevisível!

Mas por outro lado, uma senhora, sabendo que  éramos estudantes,  decidiu ter nossos materiais mesmo contra uma recomendação da denominação dela. Não é uma bênção?
Por pequenos gestos assim, vemos que é o Senhor, com seus anjos, que vai adiante de nós. Sou grata a Deus por isso. É por essas pessoas que Cristo morreu e virá pela segunda vez, para resgatá-las. Quero estar neste grupo. Essa Verdade me  traz alento. Para amanhã, contamos com suas orações. Precisamos perseverar.


ins·tân·ci·a
(latim instantia, -ae, presença, proximidade, evidência)

substantivo feminino

1. Insistência, empenho ou veemência no pedir.

2. Pressa que se exige na realização de um .ato.

"instância", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/inst%C3%A2ncia [consultado em 25-07-2018].
ins·tân·ci·a
(latim instantia, -ae, presença, proximidade, evidência)

substantivo feminino

1. Insistência, empenho ou veemência no pedir.

2. Pressa que se exige na realização de um .ato.

"instância", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/inst%C3%A2ncia [consultado em 25-07-2018].

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